Da enxada ao touch

por Luciano Vacari

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Desde os anos 70, o agro brasileiro vem se desenvolvendo cada vez mais aliado com a ciência e a tecnologia.

Desenvolvemos o cerrado, inventamos o etanol, criamos a integração lavoura e pecuária. E isso é só um exemplo que a ciência sempre esteve aliada com o desenvolvimento do agro brasileiro e se torna indispensável, já que o mundo caminha a passos largos para a digitalização e integração em todas as áreas.

O agronegócio também não está ficando para trás e cada vez mais se observa o emprego de métodos computacionais e dispositivos tecnológicos que dão suporte a produção e a toda cadeia agropecuária. Esse suporte se dá, por exemplo, com a utilização de dados para auxiliar nas decisões que serão aplicadas no campo, proporcionando ao produtor elevar a produtividade da sua lavoura, melhorando a eficiência e rentabilidade.

Entre os diversos benefícios que a empregabilidade das tecnologias no campo traz, se destaca o fato de poder se reduzir os riscos na produção devido a maior previsibilidade de todos os fatores que cercam a cadeia, como por exemplo o maior uso de precisão nos dados meteorológicos, mapeamento de toda a lavoura e controle sanitário da cultura.

Assim esses elementos acabam por dar mais segurança ao produtor e podem até mesmo baratear a sua produção, já que diminui os riscos, sendo possível que, num futuro próximo, a utilização dessas ferramentas leve a baratear o crédito dado a quem se utiliza delas, não somente contribuindo para a expansão do uso, como reduzindo os custos da produção.

O uso de dados, a interatividade e a robótica estão aproximando o campo. O produtor no interior do Brasil troca informações com clientes internacionais, adquiri produtos em plataformas exclusivas para sua atividade e consegue atualizar as ferramentas adotadas.

Atualmente somos referência em start ups voltadas para o agro, com verdadeiros hubs aproximando os jovens cientistas dos produtores que estão lá na ponta. Do celular à colheitadeira, a distância é de um toque.

Incrível pensar que, num país que padece por meios de transportes mais baratos, por estradas seguras, há uma gama de produtores que controlam o número de sementes plantadas sem precisar estar no campo. São os paradoxos desta nação, que tanto alimento produz e ainda tem gente que passa fome.

*Luciano Vacari é gestor de agronegócios e diretor da Neo Agro Consultoria & Comunicação

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