Como vimos esta semana, a boa evolução produtiva do milho não foi suficiente para estabilizar os preços, que atingiram patamares inéditos este ano. O aumento de preço, porém, não precisa ser necessariamente um elemento surpresa.
Mais importante do que olhar o comportamento dos preços num período curto, é importante olhar a tendência do seu comportamento. Para isso, a análise de sazonalidade é uma das ferramentas mais importantes. Ela indica como que os preços tendem a se comportar ao longo do ano.
No gráfico elaborado pela Neo Agro Consultoria, é possível ver o Índice de Sazonalidade do Milho. Historicamente, entre os meses de abril e outubro os preços tendem a ficar abaixo da média anual – base 100. O mês de julho, justamente o auge do volume ofertado da segunda safra, registra o menor número índice, sendo 12,91 pontos percentuais abaixo de janeiro, quando tende a ocorrer o maior preço.
Isso mostra que, independentemente do produto, a lei de mercado continua sendo o principal regulador de preço, que cai quando a oferta aumenta e sobe quando há escassez. Mesmo assim, também é possível observar que, quando há uma valorização acentuada num período, em seguida existe a tendência de queda, justamente porque torna a produção atrativa e o volume disponível tende a subir.
O que isso quer dizer? Que estamos saindo do pico da colheita, quando a oferta de milho está alta e os preços mais estáveis. Até o final do ano, se o comportamento seguir a sazonalidade, o produto deve se valorizar. O produtor de milho que tiver oportunidade, pode avaliar a possibilidade de armazenar parte da colheita para oferecer mais para frente.
Do mesmo modo, os pecuaristas que conseguem fazer estoque, podem se antecipar para evitar comprar quando o milho estiver em alta.
A Neo Agro Consultoria faz análises de mercado buscando melhorar os resultados dos negócios, analisando as oportunidades e os riscos das operações.
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