A Neo Agro analisou, recentemente, a rentabilidade do confinamento. O custo da dieta, que representa 30% do custo do confinamento, foi o ponto chave da análise anterior. Veja aqui. Agora chegou o momento de analisar o item que mais pesa no custo de produção, seja ele do confinamento ou mesmo da recria-engorda: a reposição!
Como os preços do bezerro e do boi magro tendem a ter o mesmo comportamento, vamos trabalhar com as informações do bezerro porque há maior disponibilidade de dados e assim também levamos informação para recriadores.
Para começar, é preciso olhar para o comportamento histórico dos preços. A linha vermelha da figura abaixo trará ao leitor a exata percepção: os preços da reposição explodiram desde maio de 2019. Em 2000, quando tem início a série, um bezerro custava 250 reais, dez vezes menos do que hoje.
Importante destacar que esta comparação é em dinheiros da época. Temos que lembrar de trazer para moeda atual, fazer o deflacionamento. A linha em azul apresenta os preços em valores reais (deflacionados pelo IGP-DI de agosto de 2021). Considerando os efeitos da inflação, um bezerro em 2000, custava o equivalente a R$ 1.500 hoje. Veja como a análise muda.
Porém, continua sendo verdadeiro: a alta foi muito expressiva. A reposição DOBROU de preço. E, na parcial acumulada de setembro, um bezerro está cotado a R$ 2.843. Até maio de 2019, quando teve início a alta acelerada, um bezerro valia em média R$ 1.700.
O que fazer com esses dados? O produtor está ganhando mais dinheiro?
Amanhã a Neo Agro traz uma análise sobre a rentabilidade dos pecuaristas. Será mesmo que a lucratividade está acompanhando o preço?