A Companha Nacional de Abastecimento (Conab) estima queda de 1,8% na produção de grãos no Brasil, de acordo com os dados do último levantamento da safra 2021/2022 lançado nesta quinta-feira (09). Ao todo, 252,3 milhões de toneladas deverão ser colhidas, variação de 4,7 milhões em comparação com a safra anterior.
O milho, como já era de se esperar, foi o carro-chefe da redução e as perdas superaram as primeiras estimativas. A produtividade caiu 30%, passa de 5,4 mil sacas por hectare na 2ª safra 2020/2021 para 3,9 mil sacas por hectare na 2ª safra deste ano. A safra 2020/2021 ficará marcada pelos registros de preços recordes, tanto da soja quanto do milho, e pela queda na produção.
Mas e agora? Estamos às vésperas do início da safra 2021/2022. De acordo com as estimativas da Conab, o próximo ciclo deverá ter um incremento significativo na produção de grãos, principalmente no milho com alta de 30%. É o chamado efeito manada, sempre que uma commodity sofre uma valorização significativa, o produtor tende a investir e a produção sobe na próxima na safra.
A soja, que deve ter o plantio iniciado assim que as chuvas se regularizarem, deve alcançar 141 milhões de toneladas, alta de 3,9% em comparação com a atual safra.
Mercado de commodities é como qualquer outro, obedece à lei da oferta e demanda e os preços variam de acordo com os estoques e as vendas.
Por isso, fazer conta, estimar produtividade, considerar adversidades climáticas e a volatilidade do câmbio são essenciais. O lucro no final da colheita depende do planejamento antes da semeadura.
Acompanhe as análises da Neo Agro Consultoria. Nos próximos texto vamos apresentar o comportamento do preço dos fertilizantes e os impactos nos custos do negócio.